Problema público: Sistema prisional da Paraíba tem déficit de quase 4 mil vagas
De acordo com o presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Estado (CEDHPB), padre João Bosco (foto), a Paraíba tem um déficit de quase 4 mil vagas no sistema penitenciário. “São mais de 9 mil presos, para apenas 5.600 vagas disponíveis nas unidades prisionais do Estado”, ressaltou o padre Bosco.
Bosco afirmou que o presídio da Paraíba que tem a pior realidade no que se refere ao déficit e a estrutura, é a Penitenciária Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Róger. O padre disse o local tem capacidade de abrigar até 500 pessoas e atualmente se encontra com mais de 1.200 apenados, praticamente amontoados em pavilhões com péssimas condições.
Para o presidente do Conselho, a superlotação acontece porque o Róger foi criado para ser uma unidade para presos provisórios, mas isso não funciona na prática. “Quase ninguém sai de lá, não existe rotatividade no Roger. Não dá para manter uma cadeia provisória se não tem rotatividade”, ressaltou.
Ainda segundo o padre, outra unidade prisional que também possui inúmeras irregularidades é a Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes, o famoso PB1. “Por ser de segurança máxima, PB1 ter deveria estruturas mais seguras e apropriadas para o tipo de presídio, constantemente, tem ocorrido tentativa de fuga e rebelião”, disse.
Em um levantamento feito pelo portal de noticias G1 no começo deste ano, o número de presos no Brasil é mais de quatro vezes o registrado há 20 anos. Atualmente, há 563.723 pessoas presos, em apenas 363.520 vagas nas unidades prisionais do país, uma média de 280 detentos por 100 mil habitantes. Em 1993, a proporção era de 85 para cada 100 mil.
Da Redação
com Blog do Gordinho
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