Mas esse esgotamento dos recursos
internos inclui a demora injustificada por parte do Estado ou da autoridade
competente para sanar a transgressão aos direitos humanos, seja na esfera
administrativa ou judicial.
Pois bem, quem já teve a desdita
de visitar, de presenciar o que ocorre por trás dos já vetustos muros do
Presídio do Roger, pode presenciar, sentir, a mais angustiante, a mais
perversa, a mais insensata profanação aos direitos humanos, ou seja, o estupro
ao direito daqueles que estão privados de liberdade, bem como, aos próprios
servidores do angustiante sistema prisional do Estado Membro Paraibano.
As autoridades internas não
responderam até agora a fato tão tristonho, assim como, terrivelmente ilegal,
que são as graves violações aos direitos dos encarcerados nos ergástulos
públicos encravados em solo paraibano, começando pela administração estadual,
que não possui o mínimo interesse em resolver a infração à norma legal,
inclusive ao que dispõe a Convenção Interamericana dos Direitos Humanos, que
pune os seus Estados aderentes por graves violações aos direitos humanos,
notadamente das pessoas que se encontram encarceradas.
O Poder Judiciário do Brasil, no
caso o da Paraíba, mesmo provocado, tanto na esfera federal quanto estadual, para
que interdite e façam cessar a aberração, a esquizofrenia incrustada no centro
da mais desenvolvida cidade do Estado, quedou-se na mais pérfida inércia, o
federal entendendo que é atribuição do estadual e o estadual sem fornecer a
resposta corajosa, altiva, independente e altamente legal, já que ancorada
tanto na legislação do Brasil, quanto na Convenção Americana, que deve ser
aplicada, inclusive, quando for mais protetiva aos direitos humanos, ou seja,
se aplica a Convenção, em detrimento mesmo das leis internas, contudo, o Poder
Judiciário Paraibano não enfrentou como manda as leis tão horrenda situação.
De forma que chegou a hora de levarmos
o Sistema Prisional Paraibano à douta e criteriosa apreciação da Comissão
Interamericana dos Direitos Humanos e temos a mais plena certeza, que o cenário
de horror, de repulsa, de padecimento atroz, chocará o mundo e correrá em todas
as redações das mais diversificadas redações noticiosas do mundo, uma vez que a
infração, o atentado ali cometido, impressionará, escandalizará, mesmo o mais
radical dos críticos do sistema de defesa dos direitos humanos.
Mas levaremos ao conhecimento da
Comissão as torturas cometidas e não apuradas, peticionaremos pedindo reparação
e condenação aos que escondem e protegem os torturadores, aos que escalam
servidores submissos e sem independência, para simularem apurações pusilânimes,
pedindo que os funcionários, que dolosamente se passem para tal papel, também
sejam responsabilizados, uma vez que neste momento, a tortura ainda é uma
realidade nas enxovias paraibanas, infelizmente. De forma que conclamo ao
Ministério Público, ao Conselho Estadual dos Direitos Humanos, da Tortura, para
irmos o mais breve possível, de forma unida, pedir instauração na Corte
Interamericana de Direitos Humanos do caso: AS GRAVES VIOLAÇÕES DE DIREITOS
HUMANOS NO SISTEMA PRISIONAL DA PARAÍBA.
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