Ivete Sangalo é nomeada embaixadora da Campanha Coração Azul contra o tráfico de pessoas
A cantora baiana Ivete Sangalo foi nomeada, na quinta-feira (9), em Brasília, embaixadora da Boa Vontade no combate ao tráfico humano no Brasil, durante o lançamento da Campanha Coração Azul de combate ao tráfico de pessoas, pelo Ministério da Justiça, Rede Globo, organizações da sociedade civil e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
A Campanha Coração Azul da ONU soltou vários balões na Esplanada dos Ministério e prevê a veiculação, entre 13 a 28 deste mês, de peças publicitárias em rádios, televisões, revistas e jornais, com a voz da cantora baiana, lembrando que “liberdade não se compra. Dignidade não se vende”.
O nome Coração Azul representa a tristeza das vítimas deste tipo de crime e lembra a insensibilidade daqueles que compram e vendem seres humanos.
Ivete Sangalo disse sentir-se honrada em ser nomeada embaixadora da ONU para a Campanha Coração Azul, que tem o “objetivo nobre de ajudar pessoas abandonadas e cerceadas de sua liberdade.
Fico feliz em saber que vou colaborar com a campanha”, afirmou, acrescentando que no mundo há 20 milhões de pessoas escravizadas, sendo 27% delas crianças.
Participaram do evento as ministras Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; e Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Também estavam presentes à solenidade, realizada no Ministério da Justiça, a autora da novela Salve Jorge, Glória Perez – obra que denuncia o tráfico humano, o representante da TV, Paulo Camargo, e representantes de organizações da sociedade civil que lutam contra o tráfico de pessoas e a violência contra a mulher e a juventude.
O ministro José Eduardo Cardozo destacou a importância da assinatura do acordo entre o Brasil e a ONU. “Este momento me emociona tanto quanto o dia em que o governo brasileiro pediu perdão às pessoas e famílias que sofreram os horrores da ditatura militar”, comparou.
Segundo o ministro, o tráfico de pessoa é um problema mundial e alguns países ficam surpresos com as ações desenvolvidos pelo governo brasileiro a fim de punir as quadrilhas e proteger as vítimas de um crime nem sempre denunciado. Disse que somente com a participação da sociedade haverá redução nos índices de violência. “Crime não denunciado é crime não punido”, advertiu.
Para a ministra Maria do Rosário, o Brasil não aceita ser o destino e origem do tráfico de pessoas, devendo o Estado proteger as pessoas vulneráveis, possíveis vítimas de um crime silencioso, na definição da ministra Eleonora Menicucci.
Para o representante a ONU, Yury Fedotov, o combate ao tráfico de pessoas exige a união de todos os esforços, sendo indispensável a cooperação entre as nações e organizações da sociedade civil. “É um crime hediondo e não tem fronteiras. Pode começa dentro de casa, no vizinho e ganhar o mundo inteiro”, assinalou.
De sua parte, Paulo Camargo afirmou que as Organizações Globo assumem o compromisso de participar do combate à escravidão humana.
Fonte: Portal Planalto
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