sexta-feira, 11 de julho de 2014

FLORES PARA VOCÊ – SÓ ISTO PODEMOS TE OFERECER REBECCA


No ano de 1996, na querida cidade João Pessoa, nascia uma mimosa flor e os pais tomados de alegria e intenso orgulho, a batizaram com o nome de REBECCA, possivelmente em homenagem a progenitora de Jacó e Esaú, também considerada no seu tempo, mulher de rara beleza.
REBECCA é um nome forte, cheio, vigoroso e vem do hebraico RIBHQAH, que significa união, ligação. Na Bíblia, lá no livro inicial, o de Gênesis, era a mãe de Jacó e de Esaú, considerada uma mulher estonteantemente linda e por associação a essa mulher, o nome REBECCA passou a também significar “mulher com uma beleza que cativa ou prende o outro”.
Pois bem, essa flor que nasceu para brilhar, no dia 11 do mês de julho do ano de 2011, dentro de um matagal, na Praia de Jacarapé, tombou inerte sobre terreno arenoso, por mãos de sicários assassinos, que antes de destruírem a sua existência, ainda a estupraram de forma selvagem, perversa e sádica, uma vez que os brutais celerados, além de conjunção carnal, ainda a violaram em todas as partes do seu corpo sacro e virgem, inocente e indefeso.
Após três anos, é, hoje completou 03 anos do seu calvário, da sua eliminação física e como alma penada, aquela que lhe botou no mundo, sofrida e alquebrada por uma procissão de decepções amargadas em busca dos desvelamento dos autores da sua morte, da espiação desses abjetos carrascos, os quais precisam ser julgados, responsabilizados e sentenciados pela prática de uma das mais plangentes e assombrosas ocorrências criminais já registradas em nosso Estado, se encontra dramaticamente doente, não é mais aquela mulher que emprestava saúde, vive à base de remédios controlados.
Desde os primeiros momentos a mídia da nossa terra, em manchetes criativas e comoventes, carregadas de uma intensa simbologia funérea e de tormento, as quais impactavam a opinião pública da Paraíba, me lembro bem de uma delas: Mãe chora a morte de Rebecca Cristina e diz: “A vida não tem mais sentido”, mas que infelizmente não tiveram o talento e aptidão suficientes para despertarem no Estado Leviatã o esperado sentimento, de que esse infortúnio deveria ser apurado.
Hobbes já proclamava que o Estado é um Leviatã, um gigante que pode tudo, que possui toda a autoridade, todo o comando para desvendar qualquer atrocidade registrada em seu território, e mais ainda, quando se trata de uma ação criminosa, abjeta e covarde perpetrada por celerados execráveis e de categoria inferior, mas como dito, sua genitora, como uma alma penada, já perambulou, esmolou, rogou providências em todos os corredores dos órgãos de segurança pública, mas seus lamento de que a vida não tem mais sentido, não tocou os corações daqueles que por dever de ofício, deveriam aliviar a sua dor, tão grande dor, o Leviatã que pode tudo, foi vencido por foras da lei de categoria inferior.
Rebbeca Cristina, vamos permanecer a postos e de forma vertical e desassombrada, continuar na trincheira da cobrança junto ao leviatã paraibano, a apuração que o caso requer, mesmo que tenhamos que enfrentá-lo, com todo o seu poderio para responder e tentar desacreditar quem lhes enfrenta, mas com pernas de barro, olhos de vidro e cabeça oca, para trazer ao conhecimento dos seus conterrâneos, os nomes daqueles que lhes infligiram as mais doídas violências e os mais dolorosos suplícios, ao roubaram o seu bem mais precioso: a sua vida., que se encontrava nos seus mais verdes anos, aqueles em que tudo é sonhos.
Mulher virtuosa e menina imaculada, como a Secretaria de Segurança Pública que é parte do corpo do Leviatã que tudo pode não se sensibilizou como devia nesses três anos do seu passamento agonizante, só temos a te oferecer flores e o compromisso de não desistir jamais, pois é isto que o Leviatã de pernas de argila quer, que todos nós nos esqueçamos de você.

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