sábado, 25 de janeiro de 2014



PRESIDENTE DUTRA, ISTO, AQUILO O OUTRO

Causos da política

Eram os anos 70. Era vereador Anizinho do Gabrielzinho, baixinho, alegre, gente boa, mas não era alfabetizado e se meteu a ser contra o então Prefeito Miguel Claudemiro Machado e foi  aí que praticaram uma grande sacanagem com Anizinho do Gabrielzinho, ou seja, devidamente orientado por pessoa querida da Dutra, mas ainda numa juventude imprudente, fizeram Anizinho assinar um documento, que era o pedido de renúncia do seu mandato. Quando Anizinho chegou para uma reunião da Câmara, lá já estava seu suplente aboletado em seu lugar, foi um deixa disto dos diabos, mas o certo, é que de forma criminosa, tomaram o mandato de Anizinho, que apesar dos esforços, não conseguiu reaver  um mandato conquistado pelo voto, pela sua simpatia, pelos votos dos eleitores do Gabrielzinho, seu reduto.

A eleição de Celso de Chicão

Era o ano de 1976, o prefeito da Dutra era João Novaes Filho e estava aberta a sua sucessão. Se apresentaram como pretendentes ao cargo de burgomestre da Dutra os jovens Walter Barreto e Celso Ferreira dos Santos.
Eu era Celsista, João de Antero, o pai de Mengálvio, meu amigo, gosto desse homem, me arranjou um chaveiro com a foto de Celso e eu o conduzia como um amuleto, perdi nas minhas mudanças pela Pelo Brasil e pela Paraíba que foram muitas, e eu participava ativamente comparecendo a comícios, discussões, reuniões e outros acontecimentos do gênero.
Eu tinha apenas 16 anos de idade, mas me recordo como se fosse hoje a música da campanha de Celso de Chicão, era assim: “Celso esperança do povo, vitória certa, prefeito novo. Celso é a renovação, filho do nosso sertão, municipalista, filho de agricultor, ele é amigo do pobre, irmão do trabalhador! (a letra é de Deblande de Manoel Chuveiro).

Deputado Manoel Novaes

Francisco Ferreira dos Santos, o “Chicão”, era aliado e tinha o apoio incondicional do Deputado Federal Manoel Novaes, um daqueles parlamentares de direita, apoiadores de generais e interventores. Nascido na cidade Floresta, no sertão de Pernambuco, se formou médico na Bahia e entrou na política.
Ele sempre vinha à Dutra. A casa de Chicão enchia de eleitores, pois a notícia corria rápida e todos queriam ver um deputado. Meu tio Antonio Mendes, avô de Joiran, pai de Zuzão, era amigo pessoal de Manoel Novaes, o qual gostava das tiradas do mesmo, uma vez que Antonio Mendes meu tio, era um doutor sem diploma.
Certa vez, na casa do Prefeito João Novaes, o Deputado Manoel Novaes saiu com esta: “Prefeito, se eu já gostava do senhor, quero dizer-lhe que gosto muito mais, pois eu pai também se chamava João Novaes”, selando aí uma grande amizade. Manoel Novaes, conseguiu com a ditadura militar a construção da Barragem de Mirorós. Manoel Novaes também se dava bem com Manoel dos Santos, pois se pareciam fisicamente.

Figuras pensantes da política presidentina

Na minha cidade querida, tínhamos grandes estrategistas da política local, não eram pessoas letradas, mas tinham um faro espetacular. Eles freqüentavam a casa de Chicão, local de discussão política. Erlan Machado, nosso querido Mucunã me lembrou deles e eu achei fantástico, pois os conheci bem de pertinho, era um time de verdadeiros cientistas políticos, mas só tinham um defeito, discutiam a política com paixão e às vezes erravam as previsões.
Eram eles meu primo Afilosão (Pai de Janice, Gilmar e Joelina), Pernambuco, morava na Rua do Campo, perto de Creuza bago Mole e pai da simpática Fátima, com quem estudei, meu Tio Antonio Mendes, acho que o melhor de todos, Erlan vota em Afilosão, Deocleciano pereira machado, o diozinho, Belinho, irmão de Diozinho, pai da minha amiga Arilda, Cornelão do Campo Formoso, que depois aderiu a Walter Barreto, Seu Minininho, pai de Flavão, Maria Amélia e Tereza de Mazola,  o Velho Alexandre e o grande João de Lodino do Barro Branco. Era um time de feras, essa juventude não conheceu esses grandes analistas políticos da nossa época. Alguns deles se elegeram vereador e Cornélio chegou a ser Vice-prefeito.

Elizeu Cabral Leal

No ano de 1976, também apareceu pedindo votos na Dutra um deputado inteligente, falante, educado, era o Ex-prefeito de Gandu, Sr. Elizeu Cabral leal e foi bem votado em nossas terras e El gostou da Dutra, mas precocemente, no dia 01 de setembro do ano de 1980, foi brutalmente assassinado na Sinaleira de Ondina, em Salvador.
A sua música era assim e logo pegou geral: “êqueque fumacê, êqueque fumaçá, é em Elizeu, que eu vou votar.
Um beijão no coração de todos e lá vão meus abraços de hoje: Edimário de João de Franco, Orlandão de Evani, Zé de Lázaro, Zé de Zé Elias, Dado Preto, Marli, Iranete, Valmizinho, Quinca, Erminho, Genário, Pedro, Gedeon, Vilson, Miguel, Daladier, Hildebrando, Filho de Jaime, Jason Miranda, Juri, Goleiro, Gi Velho de Zé Velho, Vailton, Baé, Chute, Zé de Milingido, Cuscuz, Chico Gago, Dr. Aderlan Carvalho, Jainho de Lindolfo, Leci Alecrim, Noelson Alecrim e Chiquim de Minha Tia Ana. E semana que vem tem mais PRESIDENTE DUTRA, ISTO, AQUILO O OUTRO.

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