sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

COMO FRENAR A MARCHA DOS CONTADORES DE MORTES

                                              
                                               Os CONTADORES DE MORTES não param sua marcha fúnebre e cadavérica, esses painéis gigantes que devem ser colocados nos pontos mais movimentados de todas as cidades paraibanas não param a sua cadência frenética e assombrosa, às vezes seus ritmos até diminuem, mas voltam a correr em enlouquecida e desarrazoada velocidade, expondo à Paraíba, este Estado prenhe de coisas boas e habitado pela melhor das gentes, como uma província sangrenta e seus habitantes como os mais terríveis e sanguinolentos dos sicários, mas eles, os gigantes e temíveis CONTADORES DE MORTES também mostram para o mundo a falta de uma política de segurança pública em nosso Estado, de um projeto eficaz de combate à violência.
                                               E como gerar conforto, segurança e qualidade de vida para os paraibanos com um bom projeto de segurança pública? É só planejar e planejar, e dentro deste planejamento ético, responsável e comprometido, não podem faltar as chamadas DELEGACIAS E DESTACAMENTOS DE FRONTEIRAS, visando combater todo os tipos de delitos, desde o tráfico ilegal de drogas, de armas, de seres humanos, mas principalmente, uma das piores  chagas que arrebentam o corpo e a mente saudável dos paraibanos de bem, A ROUBALHEIRA DESALMADA E REVOLTANTE DA SONEGAÇÃO FISCAL.
                                               A falta de DELEGACIAS DE FRONTEIRAS permite o inaceitável, aquilo que os cidadãos de bem odeiam: O enriquecimento de pústulas humanas, que logrando os desvios de estradas de terra que cortam canaviais e matas da nossa querida Paraíba, atravessam cargas e mais cargas sem notas, sonegando impostos que salvariam vidas, que saciariam a fome, que tirariam das trevas milhares de analfabetos, que não permitiria a infeliz e lastimosa ferida da prostituição infantil.
                                               Estou Promotor na cidade de Jacaraú, fronteira com o Rio Grande do Norte e como permaneço atento às coisas da Promotoria de Justiça, vislumbro com desgosto e profunda revolta, sempre a partir das 23h00, o tremendo aumento do tráfego de caminhões carregados, cortanto a Paraíba sem DELEGACAIS E DESTACAMENTOS DE FRONTEIRAS, SEM POSTOS FISCAIS em busca do Rio Grande do Norte ou em demanda da Paraíba, sem dúvida alguma SEM NOTAS e aumentando a conta dos CONTADORES DE MORTES.
                            Já suplicamos por providências duas vezes em prolixos, porém detalhados expedientes ao Secretário das Finanças ou Fazenda e ao Comandante Geral da PM, rogando pela instalação de UM PELOTÃO DE FRONTEIRA EM JACARAÚ, mas eles nem sequer tiveram a delicadeza de responderem aos meus cansativos apelos.
                        Ao Secretário de Segurança me nego a dirigir qualquer chamamento ou sugestão, pois na Delegacia de Jacaraú, a sede da comarca, o delegado só comparece nos plantões e bem apressado, enquanto nas cidades termos de Pedro Régis, Lagoa de Dentro e Curral de cima não existem esses representantes do Estado.
                                               Até em alguns momentos tenho a sensação que eles não estão nem aí para os CONTADORES DE MORTES, já que a inexistência ou existência de frágeis fiscalizações fazendárias e de segurança pública, com destacamentos policiais desestruturados, cujo efetivo somam de um a três homens, demonstram esta triste constatação.
                                               Ilustrados chefes da segurança, há três mil anos, entre Egito e Israel, a cada doze quilômetros já existiam barreiras compostas de pelo menos quinze legendários que faziam de tudo, até prender as pústulas sonegadoras e cujos resultados na marcha renhida dos CONTADORES DE MORTES eram visíveis, para orgulho dos seus patrícios

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.