Uma cidade cresce quando seus filhos passam a ter atitudes grandes, chega de miudezas, de vulgaridades, pois a cidade só cresce, se cada um individualmente for grande.
Uma cidade cresce quando seus filhos sabem votar. E como é saber votar? Saber votar é votar em quem possui projetos, planos, sonhos, saber votar é votar em quem já possui uma caminhada dentro da comunidade em favor do idoso, da criança, do adolescente, do jovem, da cultura, do esporte, da saúde, da educação. Saber votar, é votar em quem possui ideais, ideais de melhoria da qualidade de vida do seu povo. Saber votar é votar em quem enche os olhos de lágrimas ao se comover com a pobreza extrema e o sofrimento do outro. Saber votar é não se apaixonar por chefetes locais incompetentes, mercadores de votos, utilitários de favores dos poderosos em seu próprio proveito, profetas do atraso, do ódio, da discriminação, da divisão do seu povo. Saber votar é votar em quem possui um projeto social e não um projeto pessoal que atenderá suas vaidades egocêntricas, que o torna incapaz de enxergar um palmo à frente, míope na formatação da mais básica política pública.
Saber votar é não votar no empresário corrupto, que sonegou imposto, fez fortuna sem assinar carteira, analfabeto social, ganancioso por natureza. Saber votar é não votar no médico, no advogado, que mesmo sabendo e tendo vivido de perto a tocante miserabilidade do seu povo, instalam caras clínicas e luxuosos escritórios e não se acanham e nem se pejam de vergonha ao cobrarem a peso de ouro suas consultas, seus exames, serviços muitas das vezes muito mal prestados. Eles, arrogantes, verdadeiros coronéis do passado, querem os pedaços de terra da pobreza, os quais assaltam comprando a preço vil, desejam as carnes virgens das filhas dos escravos da mãe terra (agricultores) e querem também avançar nos carcomidos erários das cidadezinhas miúdas, que não crescem, porque o seu povo não cresceu e é incapaz de perceber e vislumbrar essas almas pusilânimes, abutres, carniceiros de uma causa abjeta e desumana, a da cultura da morte, pois se assassinam a cultura, a educação, a saúde, se atrasam o desenvolver dos nossos filhos, dos nossos netos, de gerações e gerações, por quatro, mais quatro e mais quatro anos, numa marcha batida infamante, mantendo nossos descendentes em escolas precárias, fazendo inexistir boa educação, se omitindo no incentivo à cultura e ao esporte, é aos filhos da pobreza, é a cidade que estão assassinando, como a dizerem: VIVA A CULTURA DE MORTE!.
Uma cidade cresce, quando o seu povo toma consciência de temas agudamente caros a uma sociedade evoluída, quando todos passam a ser conscientes de que não devemos atirar lixo nas ruas, canalizar esgotos para a frente das casas dos vizinhos, quando todos passam a valorizar as coisas públicas, porque elas são de todos nós, e por isto devemos zelá-las e nunca destruir. Uma cidade cresce, quando aprendemos que é uma obrigação divina e humana amar os animais (as rolinhas, os galos de campina, os sibitis, os bemtevis, os pebas, os tejus) etc.
Uma cidade cresce, quando todos entendermos o valor da água, das plantas (suas raízes mantém as águas dos rios e lagos, servem de sombra ao andarilho e aos animais, mantém a umidade do terreno e muitas delas espantam pragas, evitando a utilização de defensivos), das flores, elas alimentam a alma e o espírito, chega de ver tanta poluição, inclusive a visual, pois, se uma cidade ama a natureza, ficará bem mais fácil amar o próximo.
Lembremos do lema da campanha da fraternidade da Igreja Católica deste ano e exercitemos uma pequena reflexão: “A CRIAÇÃO GEME EM DORES DE PARTO”. (Rm 8,22).
Um beijão no coração dos que como eu, sonham com suas cidades grandes, solidárias, prósperas, fraternas e principalmente humanas e cristãs.
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